Da semente à xícara
Na fazenda
Antes do café chegar à xícara há um longo caminho cheio de desafios e transformações.
A produção de cafés especiais exige bem mais que paixão pela bebida: exige uma paixão pela vida, pelo meio em que vivemos e tudo o que existe ao nosso redor.
Na década de 60 iniciou-se o cultivo de café commodity na Fazenda São Judas, no sítio Bela Vista.
Após constatar o potencial que o café produzido na fazenda da família apresentava, o Q-Grader Leandro Salles iniciou as preparações para potencializar as características que transformariam os cafés commodities em Cafés Especiais.
Desde o início do cultivo do café são realizados testes para aprimorar a qualidade da produção, e garantir a melhor qualidade. Tudo é feito de forma manual e seletiva, desde o manuseio do solo até a adubação e a colheita.
A fazenda está localizada em São Sebastião da Grama SP, região da Média Mogiana, também conhecida como Vale da Grama, fazendo divisa com cidades do sul de Minas Gerais.
Os pés de café estão plantados em altitude entre 1100 metros e 1270 metros. O microclima no cafezal, cuja temperatura média é 21°C, e a baixa umidade favorecem a produção do café de alta qualidade.
Os grãos são colhidos em peneiras e levados para o terreiro suspenso, onde passam pela secagem natural à sombra.
É feita, então, a classificação básica dos cafés, que envolve o controle da umidade e seleção dos melhores grãos. São cerca de 72 dias para atingir a umidade ideal para torra.
São produzidas as variedades Icatu 40/45 Vermelho, Mundo Novo Vermelho, Catuaí Amarelo 162, Bourbon Vermelho, Catucaí Vermelho e Lapar 103 Vermelho.
Na torrefação
Na torra tudo se transforma.
É na torra que vêm à tona os óleos essenciais do grão e os açucares naturais do fruto.
É na torra que potencializamos as características do grão.
É na torra que demonstramos o respeito ao empenho do produtor e das pessoas envolvidas na etapa anterior.
Para a avaliação sensorial do café foram desenvolvidos perfis de torra diferentes, de tonalidade clara, média e escura.
Os cafés da região do Vale da Grama apresentam um desenvolvimento melhor com perfil de torra médio devido à caramelização dos açúcares naturais do grão.
As possibilidades de potencialização são averiguadas, assim como os demais perfis na avaliação de pontuação, levando em consideração questões como fragrância, sabor, acidez, doçura e demais critérios que levam à xícara perfeita.